A Vida Consagrada é
um Dom do Pai
“Deus
subiu à montanha, e chamou a si os que Ele queria, e Eles foram até Ele.
E
constituiu doze, para que ficassem com Ele.” (cf. Mc 3, 13-14).
Desde os começos da Igreja
houve homens e mulheres que, propuseram-se a seguir a Cristo com mais liberdade
e imitá-Lo mais estreitamente e, cada um a seu modo, levaram vida consagrada a
Deus. Dentre eles, muitos, pela inspiração do Espírito Santo, viveram vida
solitária ou fundaram famílias religiosas que a igreja recebeu e aprovou de bom
grado com sua autoridade.
Na Vida Consagrada não se trata
apenas de seguir Cristo de todo o coração, amando-O mais do que o pai ou a mãe,
mais do que o filho ou a filha (cf. Mt 10,37), como é pedido a todo o
discípulo, mas trata-se de partilhar totalmente da vida e da missão de Jesus,
procurando viver as atitudes fundamentais que caracterizam a sua vida.(cf. V.C
16).
A vida consagrada é um Dom do Pai, por meio do Espírito, à sua
igreja, e constitui um decisivo para sua missão. Expressa-se na vida monástica,
contemplativa e ativa, nos institutos seculares, naqueles que se inserem nas
sociedades de vida apostólica e outras novas formas. É um caminho de especial
seguimento de Cristo, no qual cada um deve dedicar-se a Ele com um coração
indivisível e, colocar-se, como Ele, a serviço de Deus e da humanidade,
assumindo a forma de vida que Cristo escolheu para vir a este mundo: uma vida casta, pobre e obediente. (cf. D.A 216).
Assim, a pessoa consagrada, nas
várias formas de vida suscitadas pelo Espírito ao longo da história,
experimenta a verdade de Deus-Amor de modo tanto mais imediato e profundo
quanto mais se aproxima da cruz de Cristo. A vida consagrada reflete este
esplendor do amor, porque confessa, com a sua fidelidade ao mistério da cruz,
que crê e vive do amor do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. (cf. V.C 24).
Deste modo, o(a) consagrado(a) é convidado(a) a viver plenamente sua
dedicação a Deus, para não deixar faltar a este mundo um raio da beleza divina
que ilumina o caminho da existência humana.
Neste mundo, a
consagração a Deus através da vida religiosa é uma resposta radical ao seguimento
de Cristo através da vivência dos conselhos evangélicos: castidade, pobreza e
obediência. Por meio da castidade as
pessoas consagradas vivem suas vidas como manifestação da entrega a Deus com um
coração indiviso (cf. I Cor. 7,
32-34), e esta, constitui um reflexo do amor testemunhado por Jesus até ao dom
da própria vida. Através da pobreza
evangélica os consagrados confessam que Deus é a única verdadeira riqueza
do coração do homem. Vivida segundo o exemplo de Cristo que sendo rico, se fez
pobre. (cf. 2 cor 8,9), torna-se expressão do dom total de si que se manifesta plenamente na encarnação de Jesus
e na sua morte redentora. A obediência(Ab-audire)
significa saber escutar e tem como
modelo o Cristo, cujo alimento era fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4,34). Ela manifesta
a graça libertadora de uma dependência
filial e não servil, rica de sentido de responsabilidade e animada pela
confiança recíproca.
Assim, a vida consagrada é chamada a aprofundar continuamente o dom dos
conselhos evangélicos com um amor cada vez mais sincero e forte a Cristo, que
chama à sua intimidade, ao Espírito Santo, que predispõe o Espírito para
acolher as suas inspirações e ao Pai, origem primeira e fim supremo da vida
consagrada (cf. V.C 21).
Atenção!!!
“A vós, jovens, digo: se
sentirdes o chamado do Senhor, não o recuseis! Não tenham medo! Entrai antes
corajosamente nas grandes correntes de santidade, que foram iniciadas por
santas e santos insignes no seguimento de Cristo. Cultivai os anseios típicos
da vossa idade, mas aderi prontamente ao projeto de Deus sobre vós, se Ele vos
convida a procurar a santidade na vida consagrada. Admirai todas as obras de Deus no mundo, mas sabei fixar o olhar sobre
aquelas realidades que jamais terão ocaso. (cf. V.C 106).
Vós
sabeis em quem pusestes a vossa confiança. (cf. 2 Tm 1,12): Dai-lhe tudo! Pois
o amor apaixonado por Jesus Cristo é uma atração poderosa sobre “todos”, que
Ele, na sua bondade, CHAMA A SEGUI-LO de perto e para sempre.”
Autoria:
Ir. Gláucia Jaciara, Noviça Sacramentina
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